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#05 - Como parar de ligar para a opinião dos outros (não tenha medo de tomar seu território)

Você já se perguntou porque algumas pessoas mais burras do que você têm mais resultados? 

A resposta não é simples. O resultado pode ter acontecido por uma combinação de fatores… 

Mas algo que existe em comum entre todos esses casos – principalmente quando falamos da internet: é que essas pessoas são mais desinibidas do que você.

Desinibidas no sentido de ter menos (ou quase nenhuma) vergonha, mesmo. E eu não falo isso de forma pejorativa. Falo no sentido de ter coragem de colocar a si mesmo pra jogo.

Todos nós deveríamos buscar ter menos vergonha. 

Menos vergonha para nos posicionar,

Menos vergonha para dar nossa opinião,

Menos vergonha para mostrar quem realmente somos.

O que nos impede de fazer isso, em muitos casos, é a mãe da vergonha: o medo.

Você não tem vergonha de postar um conteúdo – você tem medo do que os outros irão pensar sobre isso. 

Você não tem vergonha de opinar sobre um assunto – você tem medo de pessoas pararem de gostar de você por causa disso.

Você não tem vergonha de mostrar quem é – você tem medo de que, ao mostrar quem é, pare de agradar pessoas que você gosta.

Toda vergonha sempre será fruto de um medo atrelado às expectativas que você colocou para si mesmo, aos olhos dos outros. 

E já te aviso que essa newsletter pode mexer com você…

Eu não pretendo tocar no assunto de uma forma superficial e falar para você apenas ligar o foda-se e parar de ligar, porque, sendo sincera, acredito que não é assim que a banda toca na vida real. Não é tão simples assim. 

É um processo - e eu vou compartilhar com você algumas coisas que aprendi e passei na minha vida para que eu realmente parasse de ligar tanto para a opinião de outras pessoas. 

Internalizar esse conhecimento fez começar a produzir conteúdo na internet, ganhar relevância, construir autoridade, ter mais liberdade criativa,  poder me expressar com clareza e lidar melhor com críticas… Fora todos os outros benefícios que mudaram a minha vida. 

Eu espero que seja igualmente impactante para você também.

Vamos lá…

Querer agradar a todos é o pior veneno para o seu crescimento.

Eu já sofri bullying na adolescência e na infância. 

Na época, eu não me encaixava muito com os outros… Isso fazia as pessoas tirarem sarro de mim e me incomodarem com certa frequência.

Imagine uma pré-adolescente, com os pais sem boas condições financeiras, que foi jogada em uma escola privada com algumas das pessoas mais ricas da cidade. 

Essa era eu.

Meus pais não tinham condições de pagar uma escola cara como essa, mas sempre valorizaram a educação. Então, eles meio que deram um "jeito" – através de outros familiares, com dívidas, enfim.

Durante esse período, eu vivi duas vidas – sempre morrendo de medo de alguém descobrir que aquele lugar não me pertencia pela condição financeira dos meus pais. 

Acontece que, influenciada por esse contexto, me tornei uma especialista em agradar pessoas. Num nível extremo. 

Na minha cabeça, se as pessoas gostassem de mim, elas não iriam ligar tanto para o fato dos meus pais não terem dinheiro.

E isso se tornou um grande veneno, porque quanto mais eu tentava agradar, menos as pessoas gostavam de mim. 

Ao fazer isso, eu me desconectava cada vez mais com quem eu verdadeiramente era, e mais difícil ficava para lidar com a minha realidade. 

Foi nesse momento que eu percebi que tentar agradar a todos é um veneno. É um vício muito prejudicial.

Se moldar, se mudar e se conformar para ser digerido pelas pessoas é exaustivo.

E quando você tenta agradar a todos e tenta ser amado por todos, você nunca vai se sentir verdadeiramente amado – porque não é você, e sim, uma máscara.

É por isso que um conselho como "pare de se importar" não muda muita coisa na sua vida se você não internaliza o motivo pelo qual você se importa, em primeiro lugar.

Em alguns casos, você pode estar se importando tanto com a opinião dos outros porque talvez tenha uma necessidade de querer agradar a todos e se encaixar.

É por isso que pessoas mais rejeitadas na infância/adolescência tem uma tendência a querer se encaixar e agradar todo mundo (como era o meu caso).

Porque, no fim, você foi domesticado dessa forma.

E sim, é isso mesmo que você leu: domesticado.

Quando você era um bebê, você não estava nem aí para o que era "cringe", ou pra se encaixar nas perspectivas dos outros.

Você só era um ser humano se expressando da forma que queria, sem se importar com pré-conceitos estabelecidos na mente, que posteriormente seriam ensinados pela vida sobre o que é certo e errado.

Ao passar da vida, você foi sendo domesticado por ação e resposta, descobrindo as coisas, aprendendo, vendo o que dava um resultado negativo e um resultado positivo. 

Você foi se encaixando na sociedade e no que era o estabelecido para agir em sociedade e se tornar o que chamamos de adulto. 

Você foi ensinado a sentir vergonha. A vergonha veio com o peso da sociedade e opinião dos outros sobre você.

Então sim, você foi domesticado(a) – porque o hábito de querer agradar todo mundo e se importar com a opinião de todos foi uma mentalidade adquirida e construída ao passar do tempo.

E eu tenho uma boa notícia pra você…

Se isso foi aprendido, também pode ser desaprendido.

Se importar menos com a opinião dos outros também é um hábito. Uma mentalidade adquirida e construída.

Aprender essa habilidade não só vai te fazer ter mais sucesso, como viver uma vida mais em paz consigo mesmo(a). É transformador, mas exige intencionalidade.

Tudo muda quando você para de ser governado pelos seus pensamentos.

Você não necessariamente quer parar de se importar com a opinião dos outros.

Você quer parar de ser governado por isso.

Você quer parar de mudar seus comportamentos e decisões em prol de outras pessoas.

Você quer parar de deixar esses pensamentos ditarem a sua vida, o seu futuro e o que é melhor para você.

Então, não, não é sobre parar completamente de se importar – porque você nunca vai conseguir parar 100%.

Mas sim fazer com que seus pensamentos acerca do julgamento alheio não interfiram na sua capacidade de decidir o que é melhor para você.

É o fato de você pensar em algo e imediatamente não deixar ser controlado por isso.

Pensamentos e emoções não exigem ações.

Se você é uma pessoa que a todo pensamento e emoção faz alguma coisa, sempre será escravizado pelos seus pensamentos e opinião dos outros.

Sabe uma das melhores formas para começar a aplicar isso? Parando de depender de outras pessoas para decidir coisas.

A sua opinião é a que mais importa. Sempre.

Ninguém calça seus sapatos, ninguém passou pelos problemas que só você passou, ninguém sabe sobre tal assunto como você sabe, da sua forma única.

Você é a pessoa que mais sabe o que é melhor para você, pare de depender da opinião dos outros para tomar decisões importantes para você.

Você é a pessoa mais importante para tomar decisões e ter a palavra final, e isso exige uma certa maturidade para reconhecer o valor que o seu próprio repertório tem.

Sabe quando você olha pra uma pessoa e pensa que o santo não bateu? Que você sente algo estranho nela? Isso é o seu cérebro – em milissegundos - criando associações com históricos que você tem da sua vida inteira em relacionamentos com outras pessoas, tomando uma conclusão sobre essa nova pessoa que acabou de conhecer.

O seu cérebro julga uma pessoa em milissegundos por associações e experiências de eventos que já aconteceram com você, então ele é inteligente o suficiente para entender, também, qual é a melhor decisão para você.

Sabe o nome disso? Intuição.

Então sim, devemos sim considerar opiniões de pessoas que nos amam e querem nosso bem, pessoas que são mais experientes, e vice-versa.

Sim, nós também erramos muito. Mas a decisão final sempre tem que ser sua. O erro tem que vir de você, porque você deu a palavra e foi responsável pela decisão final.

Esse é um dos primeiros passos. Não tem como ter autonomia e sentir que é capaz na vida sem tomar suas próprias decisões. Sem depender da influência dos outros.

A opinião dessas pessoas (até as que querem seu bem), não deveriam interferir na sua tomada de decisão final.

Pelo mesmo motivo, você não deveria ter vergonha de pessoas que não tem a ver com a sua vida e não estão na sua pele.

Imagina chegar aos 80 anos, no fim da sua vida, e pensar que viveu uma vida com medo de não agradar pessoas que naquele momento você nem sabe mais onde estão?

De não ter agradado pessoas que na primeira oportunidade que você não beneficia elas, irão embora?

Isso sim é vergonhoso.

Nosso relacionamento com a crítica diz muita coisa.

A forma que você lida com críticas também fala muito sobre a sua capacidade de não se importar com a opinião dos outros…

Sua mente não necessariamente controla tudo o que você faz – em muitos casos, seus pensamentos são aleatórios e não requerem nenhuma atitude. E entender isso é libertador.

Porque, se a toda crítica você sente a necessidade de mudar instantaneamente, você não tem poder algum sobre qualquer crítica – você é escravo dela. 

Toda vez que experimentar alguma crítica na vida vai sentir vontade de mudar ou fazer alguma coisa, e sua vida se torna um inferno mental.

Se você ficar cedendo a tudo que é aceito e agradável para todos, você vai se sentir isolado, desconectado com si mesmo(a), miserável e infeliz – porque aquela pessoa não é você. 

O pior de tudo é que, ao fazer isso, você pode acabar não respeitando a si mesmo – porque toda vez que a pressão chega você recua e deixa ela te dominar. Você muda no mínimo sinal de crítica ou julgamento que os outros têm de você.

Entende o meu ponto de vista?

Entende que alcançar o sucesso é muito difícil quando você lida constantemente com esses arrodeios e malabarismos da sua própria mente? 

Que a cada atitude que você toma a sua mente coloca um peso 10x maior e torna tudo mais complexo pelo simples fato de ficar considerando múltiplas opiniões e fatores diferentes? Imaginando cenários e julgamentos alheios?

É muito mais desgastante fazer algo da própria vida desse jeito. É como se você quisesse alcançar o sucesso, mas estivesse preso numa corrente com um peso de 3 toneladas. 

A sua vida fica complexa demais com esses malabarismos. Você fica com uma tendência a se tornar uma pessoa perfeccionista demais.

Acabar com a complexidade mental é uma escolha.

Deixar de considerar tudo que passa na sua mente é uma escolha.

Se eu pudesse fazer só uma coisa, seria pra colocar isso na sua cabeça: não pensa, só faz. Pare de racionalizar demais. 

Isso fica passando na minha cabeça em vários momentos do meu dia e me ajuda muito sempre que percebo que estou tornando algo que era simples em complicado.

Se vê procrastinando a ir para o treino? Não pensa, só vai.

Se vê demorando pra postar algo? Não pensa, só faz.

Se vê com medo do que os outros vão pensar? Não pensa, só posta.

Cada espaço que você dá para a sua mente racionalizar ela vai ficar criando esses empecilhos invisíveis. Comece não dando esse espaço, em primeiro lugar.

É uma batalha mental.

Não racionalize demais.

Dar espaço para a sua mente racionalizar também é dar espaço para ela sentir emoções – que podem ser armadilhas.

Quando você relembra pensamentos e histórias do passado você também está revivendo várias e várias vezes aquelas emoções e ficando preso(a) naquilo. 

É por isso que para parar de se importar tanto com a opinião dos outros você primeiro precisa abandonar o passado e abraçar o momento presente.

Ao passar do tempo, você vai cada vez menos complicar as decisões na sua vida e começar a agir sem ficar considerando a opinião dos outros.

Você tem que deixar os pensamentos fluírem. Você tem que deixar o passado para trás. 

Em alguns momentos, você pode até sentir pressão da sua própria mente – mas isso não significa que você deve fazer algo em relação a isso. É só pressão. 

Só porque existe pressão você não precisa mudar o que está fazendo, o que decide ou o que quer fazer.

É preciso abraçar esse calor e lidar com ele.

Se você quer algo, pule todos esses obstáculos invisíveis e as coisas começarão a acontecer. Pense que vai até considerar esses pensamentos, mas não vai deixar que isso te impeça de fazer nada.

Ninguém consegue agradar a todos.

Você pode até achar (inconscientemente) que vai conseguir agradar mais pessoas se tentar se encaixar e diminuir a sua voz, se moldando. Mas isso só piora a situação.

E, sendo muito sincera, eu vejo poucas pessoas falando sobre isso.

Quando eu olho para uma pessoa com muita personalidade, eu a admiro.

Quando olho para alguém que consegue sustentar suas próprias convicções – até mesmo sem concordar – eu continuo respeitando demais e admiro essa postura.

Pode parecer contraintuitivo, mas é muito mais fácil ser amado quando você tem sua própria voz e não liga para o julgamento – e não o contrário.

A diferença é que alguém que tem a sua própria voz consegue atrair pessoas muito mais conectadas com seu pensamento, diferente de alguém polido, que tenta caber em todo mundo. 

Essa pessoa mais polida não vai gerar tanto impacto, é morna, sabe? Dá pra farejar de longe uma pessoa que está tentando ser aceito por todos. 

Porque para encontrar pessoas com mentalidade e opiniões parecidas com as suas, você, primeiro, precisa ter uma opinião.

É por isso que existem pessoas na internet hoje que são meio tanto faz, e outras que você escuta ela falar por 2 minutos e lembra aquilo por uma semana inteira.

Quem tem uma opinião mais forte e sustenta isso consegue influenciar e impactar muito mais. Ela se torna marcante.

A Madre Teresa não agradou a todos. Jesus não agradou a todos. Gandhi não agradou a todos…

Porque alguém, em sã consciência, acha que vai conseguir agradar todo mundo?

Abrace quem você é e o motivo por trás do que faz.

Abrace a sua identidade. Sustente a sua voz. Entenda que você vai ser criticado e não tem como fugir disso.

Não existe hack – da mesma forma que você constrói autoconfiança, você também constrói essa mente blindada contra as opiniões dos outros.

Tem pessoas que vão ficar ofendidas. Tem pessoas que vão discordar de você. Tem pessoas que vão te amar. Tem pessoas que vão te odiar. 

Esse é o preço de ter nascido num mundo com tantas pessoas diferentes, que cresceram de formas diferentes, foram ensinadas de formas diferentes e passaram por coisas diferentes. 

Aceite e abrace isso. Não tem como evitar ou fugir, e sim aprender a lidar – porque, ressalto: nem tudo tem poder para mudar o que você faz ou deixa de fazer. 

Esse é o preço de se ter uma voz. 

Contanto que você ajude ou impacte uma pessoa de forma positiva, já valeu a pena. 

Parece que nos dias atuais ficar ofendido se tornou um hobby para as pessoas. Elas se incomodam com qualquer coisa. 

O nível é tão, mas tão baixo que existem pessoas que acham que tudo que acontece na internet é pra atacá-las ou fazer mal a elas. 

Que o mundo gira em torno delas. Que mostrar o seu sucesso é ser desrespeitoso. 

Que viver sua própria vida é uma ofensa. 

É uma vitimização gigantesca.

Eu fico vendo alguns influenciadores que seguem uma vida saudável sendo atacados por isso. Sabe as justificativas que eu leio?

"É porque ninguém tem uma vida assim"

"Ah, mas desse jeito é fácil demais"

"E pra quem pega ônibus todo dia, como fica pra correr?"

Esse é o retrato do modus operandi da massa hoje em dia. As pessoas acham que todo conteúdo na internet está tentando forçá-las a algo. 

Elas não param um segundo sequer para filtrar o que consomem e pensarem que não são o público daquele produtor de conteúdo.

Elas preferem perder 5 minutos da sua vida e reclamar num post de uma pessoa que está fazendo seu trabalho e sendo feliz – porque essa pessoa reflete algo que ela queria ser ou fazer, mas não consegue.

Ou, melhor, essas pessoas não conseguem conceber o pensamento de que nem todo conteúdo gira em torno do umbigo delas. 

Percebe o nível dessa galera? 

Se você consegue entender isso, também consegue entender o quão idiota é perder tempo ligando pra esse tipo de gente. Você tem que ter pena, na verdade. 

Nem todo mundo merece a sua energia. 

Nem todo mundo merece o seu tempo.

Imagina perder um pingo da sua energia com pessoas assim? 

Elas não merecem a sua energia.

É por isso que você precisa ter clareza no porquê você faz o que faz. No grande motivo por trás disso tudo. 

A sua percepção de si mesmo(a) é muito mais importante do que a das outras pessoas. 

Porque só tendo essa convicção sobre si mesmo(a) que você vai continuar firme no que faz. Busque a clareza e o autoconhecimento.

Se você tem cabelo castanho e uma pessoa te xinga falando que você tem cabelo azul, você vai se afetar por causa disso? 

Não. Você vai rir – porque você não tem cabelo azul, e tem plena convicção disso.

Quando temos uma percepção muito clara de nós mesmos, nada que é externo tem o poder de nos afetar.

Esse, sem dúvidas, é o melhor caminho para se importar cada vez menos com a opinião dos outros.

O autoconhecimento é a porta para a verdadeira confiança.

– Ana Jords


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